Criptomoeda

O que é criptomoeda?

Criptomoeda é o nome genérico para moedas digitais descentralizadas, criadas em uma rede blockchain a partir de sistemas avançados de criptografia que protegem as transações, suas informações e os dados de quem transaciona.

Não entendeu nada? Sem problemas, vamos explicar ponto por ponto.

Criptomoedas são moedas digitais porque, diferentemente do real, do dólar e de outras moedas que podem ser tocadas, elas só existem na internet. Ou seja, você sabe que elas são verdadeiras, mas não consegue pegá-las com as mãos – ou guardá-las na carteira, no cofre ou embaixo do colchão.

Descentralizadas porque não existe um órgão ou governo responsável por controlar, intermediar e autorizar emissões de moedas, transferências e outras operações. Quem faz isso são os próprios usuários.

Criadas em uma rede blockchain porque é essa tecnologia que está por trás das criptomoedas. Basicamente, blockchain é um sistema que permite o envio e o recebimento de alguns tipos de informação pela internet. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas, como blocos de dados que formam uma corrente – por isso o nome “corrente de blocos”.

E em sistemas de criptografia porque é essa camada de segurança, garantida pelo blockchain, que possibilita a emissão e a transação de moedas virtuais de forma mais segura – quando feito de forma correta. É dessa tecnologia, inclusive, que vem o nome criptomoeda – moeda criptografada.

Criptomoedas são seguras?

Um dos pilares das criptomoedas é a criptografia: uma camada de segurança online que dificulta bastante qualquer tipo de fraude.

De forma bem simplificada, criptografia é um modo de embaralhar uma informação para que somente quem tem o código – também chamado de “chave” – consiga decifrá-la.

O que pode acontecer – e já aconteceu – é as carteiras digitais ou corretoras de bitcoin serem roubadas. Em 2019, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo informou que hackers haviam roubado US$40,7 milhões em bitcoins usando técnicas como phishing e vírus.

A falta de regulamentação das moedas digitais também pode ser um problema – e o próprio Banco Central do Brasil alerta sobre os riscos em seu site. Ataque de hackers, erros de servidor e perda da assinatura virtual são alguns dos riscos que podem acarretar na perda de todas as criptomoedas – e, consequentemente, de um alto valor financeiro.

Por que as criptomoedas ficaram tão famosas?

Nos últimos anos, as criptomoedas ganharam os noticiários do mundo todo principalmente por causa do bitcoin, a primeira moeda digital do mundo, e sua alta volatilidade.

Como qualquer outra moeda, o bitcoin sofre variações diárias e segue a lei da oferta e da demanda: quanto mais pessoas querendo, mais caro fica – e vice-versa.

Mas ele apresenta uma oscilação muito grande. Em dezembro de 2017, por exemplo, um bitcoin valia R$ 48,2 mil. Pouco mais de um ano depois, em janeiro de 2019, o valor tinha caído para R$ 12,7 mil – uma desvalorização de quase 75%.

Isso acontece por alguns motivos. Um deles é que a quantidade de bitcoins disponíveis é limitada: podem ser emitidas no máximo 21 milhões de moedas – até 2019, estima-se que 18 milhões já haviam sido emitidas.

Outro motivo é que, assim como o mercado de ações, o de bitcoins também opera a partir da especulação. Se as pessoas sentem que o investimento não é seguro (porque uma corretora de criptomoedas foi roubada, por exemplo), muitas vendem suas moedas e o preço despenca. Se, por outro lado, o investimento parece atrativo, muita gente querendo comprar faz o preço aumentar.

Por isso, mais do que uma moeda para transações do dia a dia, o bitcoin – assim como outras criptomoedas – passou a ser visto como uma forma de investimento.

E quais são as principais criptomoedas?

Nos últimos anos, diversas moedas virtuais surgiram – já são mais de 2 mil disponíveis –, mas as principais, pelo valor de mercado, são:

  • Bitcoin;

  • Ethereum;

  • Ripple;

  • Litecoin;

  • Bitcoin Cash;

  • EOS;

  • Binance Coin.

Como comprar criptomoedas?

Comprar criptomoedas é simples: basta abrir uma conta em uma corretora de moedas virtuais e começar a negociar. Mas, antes de tudo, é essencial pesquisar sobre as empresas disponíveis no mercado, conferir as avaliações dos clientes e entender as tarifas cobradas.

Afinal, esse é um investimento financeiro e, assim como qualquer outro, precisa ser tratado com cuidado.

Também é importante lembrar que investir em criptomoedas apresenta alto risco, já que o valor varia muito ao longo do tempo. Por isso, especialistas recomendam colocar apenas uma pequena parcela dos investimentos neste tipo de ativo.

Como as criptomoedas impactam a sua vida?

Atualmente, a não ser que você seja um investidor ou entusiasta das criptomoedas, a verdade é que elas impactam pouco a vida da população em geral.

Por muitos anos, o mercado olhou para o bitcoin como uma nova moeda de transação. No Brasil, imobiliárias anunciaram que aceitariam a moeda digital como forma de pagamento.

Aos poucos, entretanto, as criptomoedas passaram a ser cada vez mais vistas como um ativo financeiro – tanto que, hoje em dia, pouco se fala em usar bitcoin para pagar algum produto, por exemplo.

De toda forma, muita gente discute o papel das criptomoedas no futuro. Alguns dizem que essa vai ser a principal forma de transação daqui uns anos, mas ainda é cedo para dizer.